terça-feira, 26 de julho de 2011

E agora, corremos pra onde?

No post "A festa que eu não fui", disse que iria publicar um texto sobre nossa experiência no Hospital Infantil Sabará. Aqui vai.

Quando nasce o primeiro filho, não conhecemos nada de nada. A gente tem que bater cabeça pra descobrir a melhor fralda, a pomada que resolve a assadura, o pediatra que te passa confiança... E tantas outras coisas que eu poderia falar só disso - das descobertas que o pacote maternidade nos impõe. Indicações são sempre bem-vindas, porém, o que vale para um, nem sempre vale pro outro...

Levamos o Felipe ao hospital em duas ocasiões: com um ano e três meses, por causa de uma febre que não passava, acompanhada de tosse e nariz escorrendo; e há duas semanas, por causa de uma virose (sim, virose existe). Na primeira delas, corremos ao pronto-socorro do Hospital São Camilo, na Av. Pompéia, seguindo um critério bem simples: proximidade. O atendimento foi rápido e as orientações médicas resolveram o problema. Não conheci as instalações, mas vou falar que achei o médico mal-humorado e meio seco. O Felipe concordou comigo. 

Da segunda vez,  supondo que se tratava de uma coisa mais grave, decidimos ir ao Sabará, por recomendações de amigos e pais "experientes". As instalações do hospital são um capítulo à parte. O prédio é novíssimo (inaugurado em setembro de 2010) e são 17 andares só para atender os pequenos. Aliás, nem parece hospital... A decoração é bem lúdica e capaz de entreter a criançada durante alguns minutos. Móbiles, Quebra-Cabeças e puffs ficam espalhados nos locais de espera. Os quartos (pelo menos o que nós ficamos) são espaçosos e "clean", com uma TV de plasma, ar condicionado, frigobar e acesso à internet (wi-fi).  DICA: caso precise (espero que nunca precise) ficar um tempo por lá, vale a pena levar vários DVD´s - o da Galinha Pintadinha salvou nossa pele...

Quanto ao atendimento: por ter chegado vomitando, classificaram o Felipe como "prioridade" e em dez minutos já estávamos com a médica no consultório. A Doutora não era o máximo, também faltava afetividade. Mas me convenci de que isso é bem comum entre alguns médicos... Enfim, ela nos orientou e o pequeno teve que tomar injeção de Dramim. Os enfermeiros, em contrapartida, são super cuidadosos e bem mais afetivos. 

Depois de vomitar sei lá quantas vezes, decidiram colocar o Felipe no soro. ATENÇÃO MÃES: se puderem  não ver essa parte e delegar a tarefa pro pai ou para outro acompanhante, eu recomendo... Ele gritou e chorou horrores, e eu chorei junto, lógico. Muito triste ver seu filho numa cama de hospital, assustado, com a mãozinha toda enfaixada e os acessos na veia. Mais triste seria se não tivéssemos condições de proporcionar um bom atendimento para ele... 

No começo da noite, a notícia da internação. Os vômitos pararam, só que começou a diarreia. Por precaução, a médica pediu para dormirmos no hospital. Que merda é receber essa notícia. Quando desci até o guichê da internação, o poço da burocracia, tive duas surpresas (boas): o processo foi bem rápido (a atendente me explicou que isso varia muito de convênio para convênio. Alguns liberam de imediato, outros criam milhões de dificuldades para aceitar a internação do paciente), e o mais legal - podem ficar dois acompanhantes no quarto. As 24 horas seriam ainda mais difíceis se meu marido não estivesse com a gente. Parceria mesmo... Pra dividir o desgaste físico e, principalmente, o desgaste emocional. 

Como era de se esperar, a cama dos acompanhantes parece qualquer coisa, menos uma cama. Pelo menos, cabiam duas pessoas espremidas. A verdade é que podia até ser uma cama king size, mas a gente nunca dormiria direito. A preocupação, o entra-e sai-dos enfermeiros, a luz eterna do corredor, o barulho dos equipamentos jamais deixariam você ter uma boa noite de sono.

Para a nossa alegria, as outras médicas do plantão foram muito atenciosas e afetivas. As enfermeiras, excelentes. A comida, ruim. Detalhe: a equipe de nutrição do hospital passa no quarto e monta uma dieta toda especial, com base nas coisas que seu filho gosta. Isso facilita bastante... 

Saímos do Sabará às 20 hs do domingo, satisfeitos com o atendimento. Na folhinha de avaliação do hospital, eu disse que sim, voltaria se precisasse. 

Mesmo tendo dito tudo isso, repito: o que vale pra um, nem sempre vale para o outro. Os critérios que levam alguém a gostar ou não de um lugar são inúmeros e muito particulares. Uma amiga minha, por exemplo, não teve uma experiência legal no Sabará e prefere o São Camilo. Outro amigo levou o filho pro Santa Catarina e gostou muito do atendimento. De qualquer forma, fica registrada nossas impressões do Sabará. Na hora do desespero, é sempre bom ter uma referência...






5 comentários:

  1. Sério que o Sabará está bom assim? Há muito tempo atrás estive lá e minhas lembranças não são muito boas....
    Desejo que a família Galeano fique por um longo periodo longe do hospital!!! Beijos Má, estou adorando seu blog e ao mesmo tempo ....desesperada pelo que me aguarda um dia ...kkkkk

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  2. Fer,
    a experiência que eu tive no Sabará foi boa. Mas conheço pessoas que, assim como você, não gostaram tanto. Eu conheci a unidade antiga e,realmente, a mudança é bem grande...
    Filho da trabalho, sim. Muda tudo... Em compensação, eu acordo todo dia com o Felipe fazendo carinho no meu rosto. Não preciso dizer mais nada, né? E vc bem sabe como é bom... Tem a Gigi por perto!
    Vou começar a escrever o lado maravilhoso do pacote maternidade!!!
    Também leio sempre seu blog. Adoro suas peripécias na Bahia!
    Beeeijos

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  3. Marys, a cada post me apaixono mais pelo seu blog... textos deliciosos e com um assunto mais interessante do que o outro! Espero que as pessoas estejam curtindo (e aproveitando) tanto quanto eu... Parabéns e sucesso sempre, amiga!

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  4. Marina,
    Descobri o Sabará assim, meio ao acaso, achando como você que, "dessa vez é sério, então melhor ir num hospital referência". Amei. Quando conheci não era nesse mega prédio, era no outro. Os médicos eram mais amáveis e era possível, inclusive, escolher o médico plantonista com que queriamos passar, o que não dá mais. Lá tem um médico com 25 anos de pronto socorro. O nome: José Bonifácio Nobrega, famoso Dr. Boni e hoje é pediatra da minha pequena. Ele foi o único médico amável que conheci lá, graças a Deus não conheço todos, mas se precisar e tiver oportunidade, vale uma conversa para passar com ele, está lá de segunda, terça e quarta das 07:00 a 13:00 e de fds. Já tem idade, é pernambucano, figura engraçada e competente. Alessandra Tierno Di Izeppe (não consigo postar comentário de outra forma)

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  5. Oi, Alessandra! Muito obrigada pela visita no blog e, principalmente, pela dica! Sempre bom trocar experiências com outras mães. Já anotei o nome do Dr. Boni!!!
    Beijos e volte sempre!

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