quinta-feira, 7 de julho de 2011

Dois risquinhos

Meados de abril de 2009
Já fazia uns três dias que eu tinha comprado. Faltava coragem de tirar da caixa e, inclusive, de tirar minha dúvida. Atraso aqui, peito inchado dali… E continuava me enganando. Ok, mulher casada, 28 anos. Por que não? Sei lá, por que não! Ainda não pensava nisso. Ainda era a filha. Vontade de ser filha. A vontade de ser mãe tinha sido pensada pro futuro… O Felipe não foi planejado. Mas também, não foi 100% evitado, é verdade.

Resolvi encarar o tal do teste de gravidez. No fundo, minhas desconfianças eram enormes. Mulher conhece cada centímetro do seu corpo e sabe quando algo diferente está acontecendo… Então, peguei o copinho, fiz xixi, molhei o palitinho (acho que era essa a ordem, nem me lembro mais) e fiquei esperando. Minutos eternos. Aí, peguei o tal do palitinho. Cheguei perto do marido, porque o homem não se aguentava de curiosidade. Espera. Espera… Um risquinho: sossega, você não tá grávida. Dois risquinhos: fia, se vira, porque você tá grávida.

DOIS RISQUINHOS! Putaquepariu, fudeu! E agora??? Eu vou ser mãe?!?!?! Eu, a filha, vou ser mãe?!?!?! O marido eufórico e minha cabeça a milhão. Um monte de pensamento – tudo junto e misturado. Alegria, insegurança, medo, surpresa em intensidades semelhantes. O mundo, o meu mundo, seria outro. O mundo de filha teria que encontrar espaço para o mundo de mãe. Bom, me sobravam 9 meses para pensar sobre o assunto. Os últimos nove meses como filha da mãe, e só!

Começo de julho de 2011
Agora que já sou mãe SUPER experiente (rá!), adoro conversar com outras mães e, principalmente, com futuras mães. Falar do parto, do pediatra, do filho que não come, da melhor marca de fralda, dos perrengues, das maravilhas, do obstetra, das noites mal dormidas, da vida a três, do peito dolorido; enfim, de tudo aquilo que, de alguma forma, está incluso no pacote “maternidade”.

Nos primeiros dias da estreia como mãe, eu achei que não daria conta. E o que mais me ajudou foi ouvir de outras mães (inclusive da minha) como elas tinham conseguido sobreviver a tudo aquilo. “O que eu faço com o peito cheio de leite que não esvazia?”, “Será que esse amarelinho já é icterícia?” “Como corta unha de recém-nascido?” Juro, minhas amigas me salvaram.

Percebi que elas também gostavam de compartilhar suas experiências, suas inexperiências, suas eficiências, suas ineficiências. E aí, depois de tanta conversa, pensei que queria ter um blog sobre o tal “pacote maternidade”. Falar de mim e ouvir os outros.

Então é isso. Chega de dar voltas. “A Filha Virou Mãe” tem a humilde pretensão de ser um espaço para a troca de experiências, conhecimentos, informações sobre mater-paternidade. Ah, e se possível, me deixar rica!

Sejam todos bem-vindos!
Porque esse blog é que nem coração de mãe. Cabe todo mundo.
Abraços,
Marina Galeano



10 comentários:

  1. Parabéns Marina. Gostei muito da sua iniciativa. Embora eu não tenha nenhuma pretensão em ser mãe, essas histórias são sempre boas de ler e compartilhar. Um beijo e sucesso! =)

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  2. Fantástico! Vai ser um sucesso esse blog! Vou amar ler suas peripércias como mãe!! Parabéns e sucesso!

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  3. Simplesmente A-DO-REI!!! Eu, que já era sua fã, agora me tornei também fã do seu blog... me identifiquei com cada palavra... é sucesso na certa!!! Parabéns, querida... nos veremos agora por aqui também...

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  4. Amiga amei o texto, ficou show, vou entrar sempre pra xeretar, afinal um dia serei mãe, até vou aprendendo por aqui!!Já estou seguindo pelo meu que não tem muitas pretensões, apenas devaneios não doentios!!Muita sorte nesse novo começo, bjO.

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  5. Querida Marina, após essa descrição do dia do teste, terei que fazer algumas considerações.

    Lembro-me que estávamos fazendo algum trabalho da faculdade e de repente Marina sai da sala. Continuei escrevendo o texto que não acabava mais e nada de a Marina voltar. Acho que mais de meia hora depois, Marina volta, senta na cadeira ao lado, mas mal dá palpites sobre o texto. Não falava coisa com coisa. Estava em off. Achei estranho, porém, nem imaginava a declaração bombástica que ouviria a seguir: "Ber, vou ser mãe!" Não sei se essas foram suas exatas palavras, mas entrei em choque também. Ela não conseguia contar a história direito e um “sério? Que legal Ma”, foi, naquele momento, o mais próximo que consegui de um “parabéns”. E por coincidência ou não, se não me falhe a memória, o Felipe ainda nasceu no mesmo dia do meu aniversário.

    Bom Ma, embora esse seja o seu blog, após esses últimos quatro suados anos de faculdade, você aprendeu que jornalista tem que ouvir dois ou mais lados. Eis aqui o meu!

    Por fim, parabéns pelo blog e pelo Fefe!

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  6. Méri, amei o Blog! Nem sou mãe ainda e achei super interessante! Vou entrar sempre pra ler seus textos certeza!! Agora estou curiosa pra ler os outros que vc já postou! Beijos e muito sucesso pra vc!!

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  7. Marina,
    Primeiro devo me apresentar... Sou prima da Bruna Torres e não podia deixar de dizer que minhas impressões sobre o site foram as melhores. Aliás vou indicá-lo para muitas amigas que estão grávidas ou são mães recentes porque vc. expressa muito bem todas as emoções que a gente sente, com uma ponta de humor fantástico. Isso aqui é um sucesso, se divulgado Vai bombar!!!! Os textos estão muito bem escritos.... Parabéns. Vou acompanhar e quem sabe trocar experiências pelos comentários, porque afinal ser mãe é isso aí. Grande beijo. Alessandra

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  8. Alessandra, fiquei muito feliz com os elogios! Valeu mesmo.

    Sinto que uma das maiores dificuldades do blog é exatamente essa: divulgar. Por isso, preciso da ajuda de vocês!

    Apareça sempre, contando suas experiências, sugerindo assuntos... Eu ia adorar!

    Beeijo

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  9. Marina, eu só preciso descobrir porque não consigo postar de outra forma que não o "anônimo" disse. Se depender de mim o blog vai virar livro - rsrsrsr. Tá muuuuito bom. Tô falando dele para muitas pessoas que estão entre a gravidez e o início do pós-parto!!!!!!
    A cada artigo que leio fico mais impressionada. Porque além das descrições serem extrememente relialistas, vem com uma dose de humor e de pensamentos como "porque não pensei nisso naquele momento!!!". Em alguns momentos as reações foram as mesmas das relatadas, em outras, difentes, mas é isso que enriquece a coisa. Tudo o que está escrito é uma mega auto ajuda, porque é um momento que pode ter o MUNDO do seu lado, mas as decisões parecem tão mais complicadas, sei lá... E as vezes, a gente lê algo que é exatamenteo que vc. gostaria de fazer, e não tem coragem porque tem milhões de pessoas dando palpite e falando o contrário. Enfim. Vamos conversando, me divertirei muito aqui.Beijos.

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  10. Alessandra,
    Tem um post que eu explico como deixar o seu comentário... Se você não tem conta do google, tente assinar como "OPEN ID". Depois você me conta!

    Beeeijos e hoje tem post novo!

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