quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Vai nascer! Onde?

Aos sete meses de gravidez, achei que era hora de conhecer algumas maternidades. Na verdade, as opções eram poucas: Pró-Matre, São Luiz, Santa Joana, São Camilo e Santa Catarina. Tinha boas referências desses lugares e, claro, estavam dentro do meu plano de saúde. De cara, sem conhecer, eliminei duas: Santa Joana e Santa Catarina. Por quê? Sei lá, acho que é porque sempre ouvi "tive no São Luiz" ou "tive na Pró-Matre".

Sobraram, portanto, duas alternativas. Marquei hora e fui até a Pró-Matre, na região da Avenida Paulista. Achei o lugar lindo! Cara de hotel. Tudo muito claro, luz agradável, novas instalações. Quarto espaçoso, iluminado, monitor que mostra o bebê no berçário. Fizeram questão de mostrar a sala de parto e falar de um tal "vidro translúcido" - antes de perguntar pra que raios servia aquilo, a "guia da excursão" disse que quando o médico acende uma luz, as pessoas que estão do lado de fora da sala conseguem ver tudo. Achei de gosto meio duvidoso, mas, no post sobre o parto conto se usei ou não o tal "vidro translúcido".

Enfim, saí de lá com uma boa impressão e decidida, mesmo sem conhecer o São Luiz. O critério usado para a escolha foi muito simples: localização. A Paulista fica bem mais perto da minha casa do que o Itaim. Pensei em facilitar as coisas pro meu marido e para a família, que fariam aquele caminho muitas vezes, durante os quatro dias de estadia.

Comuniquei o obstetra e perguntei sua opinião. Ele, apesar de chefiar uma equipe no São Luiz, me deixou totalmente à vontade e disse que seria bem atendida em ambos os lugares. A única ressalva:
- Marina, se você tivesse uma gravidez complicada, ou pressão alta, ou qualquer outra coisa que pudesse te colocar em risco no parto, indicaria o São Luiz. Lá, existe a estrutura de um hospital e você poderia ficar internada, se precisasse. Já na Pró-Matre, eles têm a UTI e todo o aparato necessário para o atendimento de emergência, mas, num segundo momento, você seria transferida, porque lá é só maternidade. Como, no seu caso, está tudo tranquilo, não vejo problema algum.

Então, resolvido. Pró-Matre, aí vamos nós. E olha, não me arrependi nada! Quando cheguei na sala de parto, tava tocando Marisa Monte. A auxiliar de enfermagem era uma simpatia e me acalmou bastante. O resto do parto, conto depois.

Minha crítica fica para demora em me arrumarem um quarto (e, óbvio, para a "cama" do acompanhante). A recepcionista falou que por causa do movimento (é, todos os bebês de São Paulo decidiram vir ao mundo dia 10 de janeiro de 2010), teríamos que esperar liberar uma vaga. Fora isso: comida excelente, atendimento de primeira. Todas as enfermeiras que passaram pelo meu quarto eram muito atenciosas, prestativas e pacientes. (DICA: explore-as bastante! Pergunte tudo. Peça pra te ensinarem a trocar fralda, a limpar as orelhas do bebê, a dar o banho, cortar unhas, a cuidar do peito...). Também eram muito cuidadosas com o pequeno e, de certa forma, afetivas.

Quando deixei a Pró-Matre, três dias após o parto, minha única vontade era... voltar pra Pró-Matre. Lembro perfeitamente da angústia que senti quando cheguei em casa e vi que, naquele momento, era o Felipe e eu (modo de dizer, tá? Tinha marido, mãe, pai, sogra, enteada pra dar aquela força). Sem botão de emergência, sem enfermeira pra socorrer, sem médico pra esclarecer as dúvidas. Sem a segurança que aquela parafernália toda te traz. E lá vem a vida de novo, jogando na cara: "É, isso, minha filha, agora é com você. Se vira!".

Foram 15 dias difíceis. Mas o que me consolava era saber que, o próximo dia, com certeza, seria menos difícil... E assim, aos poucos, descobri que sim, eu daria conta. Sim, eu seria capaz de trocar uma fralda com habilidade. Sim, eu seria capaz de tirar um "body" e, melhor ainda, colocar outro! Sim, eu seria capaz de aguentar (MUITAS) noites de sono picotado e sobreviver no dia seguinte. Sim, eu seria capaz de aguentar o peito dolorido durante a amamentação. Sim, eu seria capaz de ser mãe.

OBS: Assim como falei no post do Hospital Infantil Sabará, reitero que a impressão que tive na Pró-Matre, tem muito a ver com minha experiência. Conheci outras mães que amaram, outras que nem acharam tudo isso... No geral, as opiniões são bem positivas. E você podia colaborar com o blog e dizer aonde teve (ou está pensando em ter) seu filhote e se foi bacana... Vai, arruma um tempinho aí, enquanto espera a próxima mamada!

5 comentários:

  1. Oi Má, vale comentar da sobrinha? kkkk
    A gi também nasceu lá, e a Dri gostou bastante das instalações e do atendimento. E lembro que entrava em profundo desespero quando a enfermeira saia do quarto.rsrs Acho que todo mundo né??
    Ah, já estou curiosa sobre o tal vidro...kkk
    beijão

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  2. Má...minha médica agendou( pelo menos falou)meu parto na Pro Matre...cheguei lá e na realidade ela havia esquecido(ninguem merece)...Como não havia vagas me enviaram para o Santa Joana ( mesmo grupo da Pro Matre)...Resumindo, se tiver outro filho será lá também..amei, serviço e instalações ótimas e enfermagem maravilhosa...deu tudo certo!! Quando cheguei em casa não preciso falar que, como você, quase enfartei quando me vi só com o Eric né...Beijos!!!

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  3. Ma

    To adorando acompanhar todo o processo de gestação, parto e pós parto e saber que presenciei alguns momentos descritos...

    Quero mto saber sobre o tal "vidro translúcido" da sala de parto....

    já estou esperando o prómino post.

    bjs e sucesso

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  4. Ma,
    Mais uma vez Parabéns pelos textos. São muito gostosos de ler... bom, a Manu nasceu no São Luis, por preferência do meu médico, e consequente, minha (confiança total). Tb tinha a opção do Sta Catarina (achei o lugar muito frio, com mais cara de morte do que nascimento) e da Pró Matre, que eu conheço várias pessoas que tiveram lá e gostaram, e o clima é realmente muito bom.

    Vou aqui sugerir um tema de post... o que fazer com os pequenos quando voltar ao trabalho... daqui a pouco vou viver este dilema, aí vem a dúvida berçário ou babá? (para quem não tem um familiar ou alguém de muuuita confiança que possa cuidar) Hoje, estou mais inclinada a um berçário... e começando minha busca, percebo que nada vale mais do que uma indicação e experiência de conhecidos... ia ser muito legal ver as pessoas contando suas experiências neste tema... bjs e eu e Manu estamos esperando sua visita... ah, Parabéns adiantado, é domingo né???

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  5. Rê, valeu pelos elogios! E também por dividir suas histórias...
    O dilema de voltar a trabalhar. Deve ser uma coisa universal! Muito bacana a sugestão.
    Vou fazer uma matéria sobre isso e coloco aqui no blog, tentando mostrar as possibilidades e as opiniões de quem tentou babá, escola etc.

    É, domingo 30 na cabeça... Ou melhor, nas costas. Obrigada pelos parabéns.

    E quero muito te visitar. Fale o melhor dia e horário! Aproveitar enquanto você ainda não voltou ao trabalho!

    Beijos e volte sempre!

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